21:00h
A Voz do Brasil
Agricultores do Vale do Itajaí sentem os impactos da estiagem na produção de bananas e começam a contabilizar as perdas. O peso dos cachos da fruta tem diminuído. Em Blumenau, o nível do Rio Itajaí-Açu preocupa.
O rio está tão seco que a medição é negativa. Por influência da maré, em alguns horários do dia, o Itajaí-Açu em Blumenau está abaixo do nível do mar.
"Esse efeito é o efeito de maré. O mar recua lá na costa e a água do rio baixa aqui, é puxada junto. Neste ano, nós estamos com uma situação semelhante à de 2016. Foi uma das estiagens mais prolongadas que nós tivemos", afirmou o coordenador do Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops), Dirceu Luís Severo.
Para Blumenau, eram esperados 500 mm de chuva nos últimos quatro meses. Porém, a chuva até esta quarta-feira (15) somou 165 mm. A água para a população está garantida. Mas, no campo, o prejuízo é cada dia maior.
Desde abril, os produtores sofrem com a falta de água. Em Luiz Alves, em julho não choveu nem 10% do esperado. Por falta de água, o município já deixou de colher 3,5 mil toneladas de banana.
Um cacho em média pesa entre 25 e 30 quilos. Porém, os produtores têm colhido alguns com 15 quilos. A média da colheita também diminuiu. Os agricultores geralmente conseguem 32 mil toneladas a cada trimestre. Nos últimos três meses, não passou de 28 mil.
"Esse prejuízo vai crescer. Ele não só está afetando a safra imediata agora, como ele vai afetar a próxima safra também. Nós somos o segundo produtor de banana do estado. A cadeia reprodutiva da banana está consolidada, então acaba afetando todo o comércio e todos os outros prestadores de serviço que estão inseridos na cadeia produtiva", afirmou o engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) Carlos Jacobsen.
Fonte: G1 Santa CatarinaLink de OrigemRevisão e responsabilidade do siteTodos os direitos reservados © 2024
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