O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu em reunião nesta terça-feira (8) adiar para o dia 1º de setembro o início do prazo para exigência da cadeirinha em automóveis em todo o país. De acordo com o órgão, a falta do produto nas lojas pelo aumento da procura justifica a alteração do prazo. A nova data será publicada no "Diário Oficial da União" de quarta-feira (9). De acordo com o presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva, foi constatada maior carência dos equipamentos no mercado em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, além de Brasília. "Consideramos a data 1º de setembro razoável para que o mercado seja abastecido", disse à Agência Estado. Ainda segundo ele, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o uso de cadeirinhas diminui em 70% o número de vítimas em acidentes de trânsito.
Na filial da rede “Cadê o nenê” da Rua Artur de Azevedo, na Zona Oeste, os assentos de elevação também acabaram na semana passada. “Está meio complicado porque o próprio fornecedor não esperava tanta demanda”, afirmou a gerente da loja, Cristina Gusmão Arantes Ribeiro. Ela fez uma lista dos clientes que procuram o produto para entrar em contato assim que os assentos chegarem. Cristina conta que as vendas de cadeirinhas triplicaram por causa da proximidade do início da fiscalização. Alguns modelos começaram a faltar.
Os assentos de elevação estão em falta em toda a rede das lojas “Alô Bebê”. A previsão é que o produto esteja disponível novamente na quinta-feira (10). “Hoje eu não tenho para vender porque acabou. E é difícil um produto esgotar [na rede]”, disse Marcelle Souza, gerente da unidade na Avenida Ibirapuera, na Zona Sul. A avaliação da rede é que houve falta do assento porque as vendas se concentraram nos últimos dias. Por causa da resolução, a procura cresceu cerca de 30%.
Com sede em Limeira, a 151 km da capital paulista, a fabricante de cadeirinhas Burigotto diz que se prepara há um ano para esse crescimento da demanda. A empresa contratou mais 200 funcionários, aumentou o turno de trabalho e dobrou a produção. A Chicco afirma que previa esse aumento da procura. Por isso, fez pedidos extras de importação – os produtos são fabricados na Europa. Segundo a empresa, houve redução no tempo entre a ordem de compra e a chegada ao país.
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