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A possibilidade de que compras pagas com dinheiro tenham desconto em relação a pagamentos realizados com cartão de crédito está causando polêmica. Representantes de lojistas são a favor da medida, enquanto quem atua no setor de cartões acredita em piora para o consumidor.
O presidente Visa do Brasil, Rubén Osta, acredita que o consumidor será prejudicado, se for de fato implementada a flexibilização de tarifas. "Isso prejudicaria enormemente quem está comprando. A gente não acredita que os lojistas vão repassar a diferença de preços para o consumidor. Você acha que vão dar desconto?", questionou.
Perguntado se aumentaria o preço para quem paga com cartão, ao invés de reduzir os custos para quem usar dinheiro, o presidente disse "não ter a menor dúvida". "Chama-se overprice (sobrepreço) e não desconto. Lojistas já disseram que não vão dar desconto. Por isso os Procons estão tão preocupados em ir contra essa prática, que não é adequada. Nós não podemos ter diferenciação de preços", opinou Osta.
Já o presidente do Sindicombustíveis do Paraná, Roberto Fregonesi, acredita que esta é uma "visão míope". "Eles participam de um mercado que não é regulado. Acho uma extorsão o nível de taxa que nós pagamos aqui no Brasil. Muitos lojistas inclusive já oferecem esse desconto para quem paga com dinheiro, informalmente, já que as regras não permitem a prática".
O presidente da Confederação de Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro Júnior, disse ser plenamente a favor disso da diferenciação de taxas. "Temos pesquisa no Distrito Federal (único local do país onde é permitida a cobrança diferenciada) que mostra que o consumidor sabe que, se pagar com dinheiro, vai levar o desconto", disse.
Ele lembrou que o pagamento pelas transações com cartão de débito é feito percentualment, e não uma taxa fixa pela realização da transação. "Se eu preencho um cheque, ninguém cobra por ele ser de R$ 1 ou de R$ 1 milhão. O mesmo deveria acontecer com cartão. É uma distorção que precisa ser corrigida."
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