12:00h
Melodia Sertaneja
13:00h
PEROLAS DO HUMOR
Na sequência
14:00h
Programa Comando P...
Antes mesmo do dia amanhecer, conforme programado pela Paróquia São Pedro, responsável pela organização da viagem até a capital gaúcha, a caravana partiu com os gasparenses que vão acompanhar a posse de Dom Jaime Spengler como arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre. Foram fretados dois ônibus leito da empresa Gadotti, que estão agora a caminho deste evento que acontecerá nesta sexta feira, dia 15 de novembro. A viagem foi marcada um dia antes do evento, para tempo de descanço, pois o trageto é longo e tem duração de aproximadamente 10:00 horas de estrada. A saída aconteceu para às 06:15 horas da manhã, no estacionamento da Igreja Matriz. O repórter Jean Carlo esteve registrando esse momento e conversou com alguns integrantes desta caravana, iniciamente falou a nossa reportagem, o Bispo Dom José Negri, da Diocese de Blumenau.
Informações adicionais
Aos 53 anos, Dom Jaime será o 7º arcebispo da história da Arquidiocese de Porto Alegre . Seu lema episcopal é: “In Cruce Gloriari - Gloriar-se na Cruz - inspirado na carta de São Paulo aos Colossenses. A data da posse no dia 15 de novembro. Dom Jaime nasceu será no dia 06 de setembro de 1960, em Gaspar, Santa Catarina. Ingressou na Ordem dos Frades Menores onde emitiu seus primeiros votos religiosos em janeiro de 1983. Foi ordenado Diácono no dia 19 de junho de 1989 em Nazaré, Israel. Fez os cursos de filosofia e teologia em Petrópolis (RJ) e foi ordenado padre em novembro de 1990. Entre 1991 e 1995, foi mestre dos postulantes e professor no Seminário Frei Galvão. Em Roma, fez o doutorado de filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum. Aos 10 de novembro de 2010, Dom Jaime foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre pelo Papa Bento XVI. A ordenação episcopal, presidida por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011, na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Gaspar. Nomeado Vigário episcopal do Vicariato de Gravataí (RS), foi apresentado durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí), no dia 13 de março de 2011. No exercício do seu ministério episcopal no Rio Grande do Sul, Dom Jaime atuou na CNBB Regional Sul 3 como referencial para o setor de Juventude. Em 25 de junho de 2011, foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil. No dia 15 de agosto de 2012, foi nomeado pelo Arcebispo Dom Dadeus Grings como Procurador e Ecônomo da Arquidiocese de Porto Alegre. Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro, em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser o Bispo Referencial da Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul - 3 da CNBB.
Fonte: http://www.divinoespiritosanto.net/index.php/component/content/article/8/76
Biografia
Dom Jaime Spengler é filho de Genésio Bernardo e Léa Maria Spengler. Nasceu no dia 6 de setembro de 1960 na cidade de Gaspar no Estado de Santa Catarina. Tem duas irmãs e um irmão; é o primeiro dos quatro filhos do casal. Aos quatorze anos começou a trabalhar na empresa “Linhas Círculo”, onde trabalhou por cinco anos. Mais tarde, decidiu ingressar na vida religiosa franciscana.
Após dois anos de estudos no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio(SC). Em 8 de dezembro de 1985, fez seus votos solenes na Ordem dos Frades Menores. Nos anos de 1983 a 1985 cursou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo(PR). Posteriormente iniciou o curso de Teologia, no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis(RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém em Israel, em 1990. Recebeu a Ordenação Diaconal no dia 29 de junho de 1989, na cidade de Nazaré, em Israel. Regressando ao Brasil, foi ordenado sacerdote em 17 de dezembro de 1990, em Gaspar.
Em 1990 trabalhou no Noviciado Franciscano, em Rodeio. De 1991 a 1995 foi mestre de Postulantes e Professor no Seminário Frei Galvão, na cidade de Guaratinguetá(SP). Em Roma, fez o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, nos anos 1995 a 2000.
SERVIÇOS PRESTADOS
De 2000 a 2003 foi Vice-Reitor e Professor no Instituto Filosófico São Boaventura, na cidade de Campo Largo(PR). Foi assistente eclesiástico da Federação Brasileira das Irmãs Concepcionistas, nos anos de 2001 e 2002. De 2004 a 2006 foi Guardião da fraternidade franciscana Bom Jesus dos Perdões e Vigário Paroquial da Paróquia do mesmo nome, em Curitiba.
De 2007 a 2010, exerceu o serviço de Guardião da fraternidade Bom Jesus da Aldeia, e vice-presidente da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus, em Campo Largo(PR).
Em 2010, foi novamente Guardião da fraternidade franciscana Bom Jesus dos Perdões e Pároco da Paróquia do mesmo nome, em Curitiba, além de continuar como Vice-Presidente da Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus de Campo Largo e atuar como professor no Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano do Paraná.
Aos 10 de novembro de 2010, Dom Jaime foi nomeado Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, pelo Papa Bento XVI. A ordenação episcopal, presidida por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011, na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Gaspar.
Nomeado Vigário episcopal do Vicariato de Gravataí(RS), foi apresentado ao mesmo durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí), no dia 13 de março de 2011.
Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser o Bispo Referencial da Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul-3 da CNBB.
Em 25 de junho de 2011 foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil.
No dia 15 de agosto de 2012, foi nomeado pelo Arcebispo Dom Dadeus Grings como Procurador e Ecônomo da Arquidiocese de Porto Alegre.
Brasão EpiscopalLEMA: IN CRUCE GLORIARI
Gloriar-se na Cruz (Cl 6, 14).:
a) A Cruz: o centro do brasão é ocupado pela cruz; esta é iluminada pelo sol, expressando o que diz a Escritura: “Cristo é o sol de justiça”. O Cristo crucificado, sol de justiça, é a nossa esperança; concede novos horizontes de vida aos crucificados de todos os tempos; o Crucificadodivide e unifica o universo. A metade do Crucificado sobre a cruz escura, indica o Cristo que glorifica a cruz. A metade escura do Crucificado sobre a cruz clara, indica que a cruz glorifica e transfigura o ser humano.
b) A Concha: na parte inferior vemos a cruz repousando numa concha. Expressa o mistério inesgotável da cruz. Ela é o símbolo do Santo Sepulcro e do evento da Ressurreição; distintivo dos peregrinos de todos os tempos.
c) Águas: de um lado da cruz lembram o rio Itajaí-Açu com seu vale, região de nascimento de Dom Jaime Spengler; do outro lado, lembram o Guaíba, que banha a região de Porto Alegre, local atual da missão do arcebispo.
d) Os diversos tons de azul: evocam Nossa Senhora Mãe de Deus, como padroeira da Arquidiocese de Porto Alegre, e como a Virgem Imaculada, “a mulher vestida de sol”.
e) O Tau: no alto do brasão vemos a cruz arquiepiscopal. No detalhe, inferior podemos identificar a presença do tau, recordando a família religiosa de onde provém o Arcebispo, e os “assinalados” discípulos do “Amor que não é amado”
f) O Pálio: espécie de colarinho de lã branca com cruzes negras. Expressa a unidade com o sucessor de Pedro, bem como indica a dignidade arquiepiscopal.
PASCOM: O que representa esse momento da posse para a Arquidiocese?
DOM DADEUS: Primeiro, representa uma renovação contínua. A Igreja vai substituindo nas suas direções, como também na sociedade, as pessoas que a conduzem. Mesmo as transferências dos padres dão uma nova visão para o trabalho. Este é o momento para a Igreja de Porto Alegre se renovar. É um momento de muita alegria. E que bom que já temos um arcebispo que nos conhece, que pode continuar um trabalho que se iniciou e que ele conhece muito bem. A Igreja é divina, mas também humana, dirigida por pessoas humanas que vão mostrando o rosto de Deus para o mundo de hoje.
Durante a Missa de tomada de posse o senhor entrega o báculo pastoral e, em seguida, o novo arcebispo senta à Cátedra. O que estes gestos dizem nesta solenidade de posse?
O Báculo é o símbolo do pastoreio. O pastor traz o cajado para apascentar seu rebanho. O báculo dos bispos possui uma curva - o do Papa é reto com uma cruz, porque há a necessidade de buscar as ovelhas, de buscar pelo pescoço, de chamar... A entrega do báculo possui esse sentido: o de buscar as ovelhas e também se apoiar, de ter a segurança do pastor! É, portanto o símbolo do pastoreio e da autoridade de bispo.
Após tem a Cátedra. O pastor leva o pasto para as ovelhas. No caso do bispo, ele leva a Palavra de Deus. Isso se simboliza pela Cátedra: sentado, ele falará aos fiéis com autoridade. Por isso o nome Catedral, porque lá está a cátedra do bispo, o local onde ele irradia e leva a Boa Nova à Arquidiocese de Porto Alegre. É o símbolo de todo o seu Ministério Episcopal de anunciar a Boa Nova.
Sobre a diversidade da Igreja. O bispo tem a missão reunir a todos para a evangelização. Com isso pergunto: o que um bispo precisar observar para desempenhar bem a missão, com todas as forças vivas da Igreja?
Quem dirige a Igreja é o Espírito Santo! O Bispo é a pessoa que está aberta aos sinais dos tempos, à situação de nossa realidade. Deve dar as respostas de Deus para estes sinais de nosso tempo, com sua presença e com a palavra de Deus. A Igreja é o corpo de Cristo. É o corpo místico e possui muitos membros. A primeira missão do bispo é fazer com que todos participem, para que não haja membro esclerosado, ou seja, membros que não funcionem mais. Fazer com que todos participem, desde os idosos aos mais novos. Todos tem lugar na Igreja para atuar responsavelmente. Neste sentido, somos todos sacerdotais: nós oferecemos a Deus sacrifício espiritual, como diz a carta aos Hebreus, e todos somos também profetas para anunciar a Palavra de Deus a todos os filhos de Deus. Também somos convidados a viver a caridade e a unidade entre nós. E o bispo está na frente. Deve incentivar para que isto aconteça na arquidiocese e, nisto, temos diversas categorias de pessoas: O Clero – sacerdotes e diáconos - que tem sua missão específica dentro. Depois os religiosos que são sinais dos bens definitivos, que mostram com sua Consagração a Deus, o que é viver o Evangelho; e temos os leigos que são chamados a construir o mundo de acordo com o Evangelho. Cabe ao bispo estar à frente disso tudo e fazer com que todos vivam essa intensidade dentro da sua profissão e espiritualidade.
Em Porto Alegre, o senhor foi arcebispo enquanto a Igreja foi liderada por três Papas: O Beato João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Olhando esses três pastores e também sua atuação em nossa Arquidiocese, quais características destes tempos foram práticas em nossa Igreja?
Quando fui a Roma ainda vivi o tempo de três Papas. Pio XII, João XXIII e o Papa Paulo VI. Mas foi com João Paulo II que eu fui trabalhar na secretaria de Estado. Cada época tem o seu Papa! João Paulo mostrou a Igreja presente no mundo. Ele não só visitou o mundo, como influiu profundamente na situação do mundo moderno. Depois veio o Cardeal Ratzinger, Bento XVI, o homem da grande orientação, da visão muito clara das coisas e deu uma orientação fantástica para a Igreja. Agora, o Papa pastor. Depois de um grande mestre, veio um papa pastor, que sai para rua para anunciar. Cada época tem o Papa talhado para o tempo, sendo providencial. Assim também é na Diocese. É o Espirito Santo que age. Não somos nós que nomeamos novos bispos, podemos indicar. E estamos feliz porque Dom Jaime era o nosso candidato. O mais indicado para o nosso tempo é ele, agora vai assumir e teremos tantas surpresas pela sua presença em nosso tempo.
O senhor estava em São João da Boa Vista quando recebeu sua nomeação para coadjutor na Arquidiocese de Porto Alegre. Qual foi sua reação? O que representou voltar a sua Arquidiocese de origem para guiar o povo de Deus?
Eu estava no bispado quando o Núncio Apostólico ligou. Perguntou se havia alguém comigo na sala. Falei que não. “O Senhor está sentado?”, perguntou ele. Respondi “estou!”. Então ele me disse que eu seria transferido para Porto Alegre. Num primeiro momento foi uma surpresa e depois uma alegria muito grande por poder voltar a terra. Apesar da diocese de São João ser muito boa, de ter um povo acolhedor, voltei pra Porto Alegre. Era a nossa Arquidiocese, era o clero que eu já conhecia. Foi um momento de muita alegria. Fiquei contente com a alegria que tive de voltar pra casa. Depois de vários anos fora, só os padres novos eu não conhecia. Voltar pra casa foi começar uma caminhada nova.
Há algum dia especial que o senhor não esquecerá durante sua ação pastoral em nossa Arquidiocese?
Há vários casos e fatos bonitos que tivemos, por exemplo, o Fórum da Igreja Católica, realizado na PUC. Foi um momento de muita repercussão. Apesar da chuva naqueles dias, houve uma participação intensa. Ficamos muito contentes. A resposta que se deu no Rio Grande do Sul todo, mostrou a Igreja Viva. O Fórum da Igreja Católica foi um momento de muita confraternização e partilha.
O senhor torna-se de fato arcebispo emérito, porém, um arcebispo não deixa de trabalhar. Qual o conselho Dom Dadeus sempre terá para as pessoas que o procurarem para vivência da fé?
Continuo sendo sacerdote para sempre! O sacerdócio, o episcopado, a graça sacramental fica. Até se diz; “a idade do já que...”, se não tenho mais a responsabilidade da organização, da supervisão do todo, a solicitude das Igrejas - como dizia São Paulo - essa é a preocupação que tem o arcebispo, bem como um pároco em sua paróquia. Isso não preciso mais. Então, agora eu só preciso exercer a minha função sacerdotal e episcopal de estar perto das pessoas. Comparo-me, assim, como um avô na família. O pai cuida da família, administra a casa. O avô não se intromete nessa vida interna da família, mas ele fica contente com os netos. Fica perto dos netos e dos filhos. Dom Altamiro é o bisavô. O pai cuida, tem a missão de corrigir. Nós temos o compromisso de orientar e de mostrar o carinho, nessa linha. A orientação vai continuar, eu estou disponível e, claro, alguns compromissos ficam, como o de escrever livros, escrever para jornais. Isto deve continuar.
Colaborou: Eduardo Neis
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