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A festa de São Pedro e São Paulo confirma a autenticidade da Igreja fundada por Jesus. “Todos se orgulham quando falamos de uma Igreja santa, mas os pensamentos mudam quando se pensa na Igreja instituição que representa o lado humano da Igreja, sempre duramente criticada não só por quem não comunga a doutrina da Igreja mas, infelizmente, até de pessoas que fazem parte de nossa Igreja”, disse Frei Lindolfo.
Segundo ele, Jesus não edificou sua Igreja sobre homens especiais, dotados de superpoderes, mas sobre um pescador da Galileia que representa bem os homens de todos os tempos, pela sua fragilidade, pelos seus enganos, pelas suas decisões erradas. “São Pedro através de suas palavras, dos seus gestos, consegue atrair os leitores na Sagrada Escritura. Em algumas passagens encontramos testemunhos belíssimos, em outros momentos encontramos incoerências, como quando Jesus anunciou a sua paixão e morte. São Pedro quis convencê-lo do contrário e Jesus o chamou de Satanás.
Muita gente acredita que, depois de Pentecostes, São Pedro criou juízo, transformou-se num modelo de santidade e perfeição”, explicou o celebrante, mas ressalvando que o seu relacionamento com São Paulo foi bastante conturbado. “Tiveram divergências, desentendimentos, pensamentos contrários em relação à doutrina. O que precisamos entender sobre essas divergências? Precisamos entender que a ação de Deus e ação do Espírito Santo em nossa vida não anulam aquilo que é humano. Não existem duas Igrejas: uma humana e outra divina, que competem entre si para ver quem é mais poderosa. A Igreja é construída sobre homens como aconteceu com Pedro, a quem Jesus prometeu entregar as chaves do reino dos Céus”, continuou o frade.
“Nós também não entregamos a chave da nossa casa para qualquer pessoa, a não ser aquela em quem temos plena confiança. Quem tem amor verdadeiro, sempre confia e ajuda o outro a crescer. O mesmo acontece em relação a Deus e ao homem. Desde o início da história da salvação, onde Deus fez aliança com os homens, através de Abrahão, Deus apenas exigiu só uma coisa: fé”, observou.
Para Frei Lindolfo, professar a fé em Jesus Cristo não é apenas ter uma vida boa, mas é aceitar ser discípulo dele. “Aprender cada ensinamento, moldando-nos e transformando nossa vida num Evangelho vivo. A fé não é um ponto de chegada, mas é um ponto de partida. Ela nos faz ver o longo caminho que temos de fazer, seguindo as pegadas do Mestre, colocando-nos à disposição, sendo perseverantes, enfrentando todos os riscos que o seguimento a Jesus possa nos trazer”, adiantou.
Por último, disse que a fé não é solução mágica para os problemas humanos, nem conquista de causas impossíveis. “É através de nossa fé que percebemos Deus agindo na nossa vida. Como aconteceu com São Pedro na primeira leitura de hoje, que foi libertado da prisão por um anjo do Senhor. A fidelidade em Deus sempre nos dá essa certeza: Deus sempre caminha conosco”, completou.
Texto: Moacir Beggo
Reportagem: Jean Carlo
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