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O perfil de consumo de alimentos dos brasileiros está mudando, aponta pesquisa realizada pelo Ibope e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apresentada nesta terça-feira em São Paulo.
A marca, que hoje é apontada por 59% dos consumidores como o fator mais importante na decisão de compra, deve ter sua importância reduzida nos próximos anos.
O estudo mostra que apenas 42% dos consumidores acreditam que, no futuro, o nome da empresa continuará sendo o principal item considerado na hora de definir uma compra.
"A marca não deixará de ser importante, mas terá menor peso na avaliação do consumidor porque outros fatores ganharão força", diz Marcelo Castilho, gerente de Atendimento e Planejamento do Ibope Inteligência.
A qualidade é o item que mais deve ganhar importância, seguido pelo teor nutritivo. Ambos os fatores devem se sobrepor a questões como sabor e preço no momento da compra.
"Isso indica que os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos mais saudáveis", afirma Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento de Agronegócio (Deagro) da Fiesp e coordenador da pesquisa.
E essa não é uma particularidade tupiniquim. Os brasileiros estão seguindo uma tendência mundial, segundo Costa.
"Cada vez mais os consumidores buscam conveniência, praticidade, confiabilidade e sustentabilidade. Embora os brasileiros ainda não saibam bem o que é sustentabilidade e não compreendam termos como alimentos funcionais, eles buscam isso. Só não conseguem verbalizar", explica o gerente da Fiesp.
Atualmente, 21% dos consumidores brasileiros, segundo a pesquisa, se enquadram na categoria dos que priorizam alimentos que trazem benefícios à saúde, apresentam selos de qualidade e são fabricados por empresas que protegem o meio-ambiente ou têm projetos sociais.
Porém, independentemente de preferências, os consumidores das nove capitais pesquisadas afirmaram que, além de produzirem produtos de alta qualidade, as companhias devem investir em projetos sociais se quiserem ser admiradas e respeitadas.
Atentos às mudanças no perfil de seus clientes, indústria e varejo já estão agindo. Em seu planejamento de negócio, a Coca-Cola colocou como meta tornar-se neutra em água até 2020 e reciclar 100% das embalagens que colocar no mercado, além de substituir parte do petróleo utilizado como insumo nas garrafas pets por etanol de cana-de-açúcar.
"Queremos garantir que tudo que usamos será reposto ao meio-ambiente. Nossa estratégia é o crescimento sustentável", diz Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola.
E o conceito não deve ficar restrito à indústria. O varejo também está de olho nesta tendência. O Pão de Açúcar já abriu duas lojas verdes no Brasil e adotou conceitos de construção sustentável em outras 30 unidades.
"Não basta oferecermos produtos de qualidade e certificados. O consumidor quer ter lazer e entretenimento no ato da compra", diz Alexandre Vasconcellos, diretor de Tecnologia do Grupo Pão de Açúcar.
De acordo com Vasconcellos, antes de comprar, 60% dos brasileiros buscam informações sobre a loja na internet e 58% levam em consideração a opinião de outros internautas na tomada de decisão.
"Os consumidores serão cada vez menos leais às marcas. Portanto, ou as empresas trabalham para manter seus clientes ou vão perder espaço no mercado", conclui vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola.
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