Os sonhos de tempos melhores para o ano novo que se aproxima podem se transformar em pesadelo para os animais de estimação, já que nesta época muitos deles acabam sendo abandonados. Por isso, desde 2015 foi instituído o Dezembro Verde, mês de conscientização contra o abandono e maus tratos de animais. Também se celebra o Dia Internacional dos Direitos dos Animais no dia 10.

Entre dezembro e janeiro, os abandonos se intensificam devido às férias e festas de fim de ano. Nesse período muitos tutores viajam e não tem com quem deixar os bichinhos. O resultado disso é que muitos acabam sendo deixados na rua foi dessa forma que o designer gráfico e Yuri Lima resgatou o seu gato, encontrado no lixo. Para ele, a maior recompensa é saber que fez a diferença na vidinha de um outro ser.

“Ele tinha acabado de sofrer maus tratos, ele veio para mim machucado, o rabinho quebrado e eu senti no coração que era a minha função cuidar dele. E foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. Ter um pet não mudou muito a minha rotina, na real, eu só passei a ter alguns novos gastos com saúde, alimentação, nada que mudou completamente a minha vida. É algo que me leva algumas vezes no mês no pet shop, algumas vezes no ano novo veterinário, mas o amor e o companheirismo que eu recebo de volta vale a pena. É uma troca incrível”.

Já a jornalista Larissa Mantovan tem seis pets adotados: três gatos e três cachorros. Ela pondera que o futuro adotante precisa levar em conta o compromisso e os gastos que envolvem essa escolha.

“Precisam da gente pra se alimentar, precisam da gente pra passear, então a gente tem que ter em consideração que é um ato, realmente, muito nobre, que é nossa vida vai mudar, mas que a gente realmente tem que ter responsabilidade de que a gente precisa cuidar desses seres. Eu acho que a gente é menos egoísta assim quando a gente faz algo pensando no bem-estar de outro ser sabe, é um certo realmente vai retribuir, com muito amor com muito carinho, né? Os animais eles apenas dão para a gente assim sem esperar nada em troca”.

A cofundadora da ONG, toca segura Daniele Mansour explica o que é importante considerar na hora de adotar um animal com responsabilidade.

“Ao adotar, você ter plena consciência das condições que você tem, então a gente pede sempre que as pessoas que ela seja muito franca, honesta conosco com relação às condições dela. Você tem condições de ter um animal, um filhote, que tem muita energia? Ou você quer um animal que já seja adulto, que tem um temperamento mais calmo. É importante a pessoa adequar a expectativa dela, o que que ela espera do animal, né? Explique isso para nós, deixe muito claro pra gente poder ajudar a fazer a melhor escolha possível, a escolha que seja adequada a vida dela”.

A Organização Mundial da Saúde estima que 30 milhões de animais estejam vivendo abandonados nas ruas do Brasil. Além do sofrimento psicológico e físico o animal abandonado fica sem vacinas e, com isso, pode provocar desequilíbrio ecológico ao trazer doenças aos animais silvestres ou adquirir enfermidades transmissíveis ao ser humano como a raiva que não tem cura e é fatal.